Esta terça-feira, o presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), João Neto, lançou um apelo a todos os museus portugueses, para que sejam verificadas e feitas as manutenções dos sistemas de segurança, para prevenção de incêndios, como o que deflagrou no Brasil e destruiu o Museu Nacional do Brasil. Em declarações à Lusa, João Neto considerou "uma grande tragédia e uma perda irreparável" o que ocorreu este domingo no Rio de Janeiro, depois de terem ardido mais de 20 milhões de peças.
O presidente da associação afirma que a verificação e manutenção dos sistemas de segurança já é obrigatória, sublinhando que"os regulamentos existem, são de lei, mas o problema é saber se têm manutenção regular já que a falta de recursos é grande no setor".
Por isso, João Neto deixa um apelo: "em particular, devem ser verificados os sistemas em edifícios antigos, como é o caso do Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro, e que têm acervos altamente inflamáveis".
O Museu Nacional do Brasil, situado no palácio D. João VI, no Rio de Janeiro, foi criado por D. João VI, rei português. Entre as 20 milhões de peças ardidas estava o mais antigo fóssil humano encontrado na América do Sul, um meteoro e uma das bibliotecas de antropologia mais ricas do Brasil.