O arquiteto português Rui Lacerda morreu ontem, de doença súbita, enquanto fazia uma peregrinação a Santiago de Compostela.
De acordo com a Câmara Municipal de Espinho, ainda não há informação quanto às exéquias fúnebres em honra do arquiteto, uma vez que a morte aconteceu fora do país.
O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, afirma que o arquiteto era "um orgulhoso e empenhado espinhense, que colocou o seu talento e a sua generosidade ao serviço da valorização urbanística da cidade, pelo que essa ficará seguramente mais pobre sem o seu contributo".
"Perdi um amigo e Espinho perdeu um dos grandes amantes da cidade", declarou o autarca à Lusa. "Nos últimos anos desenvolvemos uma estreita relação profissional e pessoal, de grande confiança e entendimento mútuo, e guardo as mais gratas recordações desse convívio, bem como das imensas qualidades humanas, cívicas e profissionais que demonstrou", disse ainda.
Rui Lacerda nasceu a 10 de março de 1954, formou-se pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e dirigia atualmente o gabinete RDLM Arquitetos Lda.
Lacerda foi autor do Centro Multimeios, que acolhe o planetário local, e de edifícios como o Auditório de Espinho, o Casino e a Escola Secundária Manuel Laranjeira.
As suas obras também se destacam no resto do país, como é o caso do Hotel-Casino de Chaves, a Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos e o design interior do Casino de Vilamoura e do Hotel-Casino do Algarve.
