No primeiro ano que a Comic Con vem para Oeiras, eram muitas as expectativas sobre o evento. No entanto há alterações que não agradaram a todos.
Uma das principais mudanças entre as edições passadas é a apresentação do espaço. Enquanto no Porto o evento decorria num ambiente fechado, em Oeiras o Passeio Marítimo de Algés apresenta uma Comic Con ao ar livre, num espaço também maior.
Esta nova disposição divide opiniões. Rúben Aguiar, de 25 anos, diz que essa questão não o afeta. O seu cosplay de Rick – da série Rick e Morty – não está comprometida caso chova. “mas há cosplays com maquilhagem e próteses que se chovesse ficavam estragados”, recorda.
Emanuel Nunes, de 32 anos, preferia que o evento tivesse sido organizado na FIL (Feira Internacional de Lisboa) mas admite que o espaço aberto dá para andar mais à vontade. Já Miguel Rodrigues admite “ainda estar a averiguar”. “O espaço parece maior, mas falta um teto”, afirma apontando para o céu enublado.
O que mais chocou Rita Ladeira e Ágata Rodrigues foi o preço do evento. “O que pagámos este ano pelos quatro dias, foi o valor do pack que no ano passado permitia passar à frente nas filas e assegurava os lugares da frente nos painéis”, explicam. “Este ano, por esse preço é o bilhete dos pobres”, remata Rita.
Outra coisa que diferiu das edições no Porto foram as filas. Pedro Oliveira e Joana Trigo, de 18 e 19 anos respetivamente, chegaram às nove porque queriam ser dos primeiros a entrar. Vieram de propósito do Porto para assistir à Comic Con e recordam que na Invicta “havia uma grande fila”. Quando chegaram não havia muita gente à espera que as portas se abrissem. Em relação à disposição do espaço, Joana Trigo considera um pouco confuso. “Já me perdi várias vezes”, confessa entre risos.
Durante o primeiro dia o parque não chegou a estar cheio, mesmo tendo aumentado o número de participantes mais para o fim da tarde. O facto de ser quinta-feira pode ter contribuindo para a baixa afluência. Marta Mendes, de 33 anos, admite estar à espera que chegue sábado porque “é o dia mais bombástico”.