Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, garantiu esta segunda-feira que não existe “ilegalidade nenhuma” no processo de reconstrução das casas afetadas pelo incêndio.
Para além de negar qualquer ilegalidade, o autarca reforçou que, da sua parte, “não há irregularidades, de certeza absoluta”. Valdemar Alves falava antes de entrar na sessão da Assembleia Municipal Extraordinária onde está previsto debater-se o tema.
O autarca confirma que podem existir algumas irregularidades “na entrega ou não de um documento ou problemas com o número de contribuinte, mas não é por aí que se vai às fraudes e essas coisas", mas recusa que tenha havido desvios. “Não houve desvios nenhuns, nem podia haver, porque a Câmara não é detentora de fundos nenhuns para a reconstrução das casas”, afirmou garantindo que a autarquia dava apoio logístico.
Valdemar Alves recusou ainda ter tido responsabilidade na validação dos processos. "Se punham lá primeira habitação, como podíamos dizer à pessoa que não era?”, questionou o autarca acusando os meios de comunicação de publicarem “notícias falsas, completamente falsas”.
"Agora vêm às vossas Câmaras e dizem: 'Aquela era de segunda'. Entregou os documentos em como era de primeira habitação, declaração a garantir que era habitação permanente e, a partir daí, as casas que foram requeridas para reconstrução são, para mim, de primeira habitação", disse ainda o autarca.
Já durante a Assembleia Municipal, Valdemar Alves afirmou que "não foi reconstruída nenhuma casa que não tivesse ardido". Sobre os atrasos, o autarca afirmou que "todas as primeiras habitações afetadas ou estão já reconstruídas ou em fase final de reconstrução" e que o município não tem “nenhuma, sublinho, nenhuma responsabilidade por atrasos na execução das obras".