O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, garantiu esta segunda-feira que o programa de reordenamento económico da serra de Monchique é “pioneiro”. Este projeto está a ser preparado depois do incêndio que consumiu a serra em agosto.
"Em conjunto com as autarquias, estamos a fazer um programa para a paisagem da serra de Monchique que dê uma garantia muito mais efetiva de que os fenómenos tão dramáticos do fogo, como se viveu há pouco tempo, não voltarão a ocorrer", explicou o ministro reforçando que depois dos incêndios é “preciso mesmo uma nova paisagem” na zona.
Para João Matos Fernandes, que falava aos jornalistas depois da sessão pública de discussão do Programa Nacional de Investimento 2030, “ter uma paisagem desenhada e projetada com aquilo que é a forma de melhor valorizar aquele território e aquele capital natural. Das várias coisas que a economia rural pode dar daquele território, uma delas é termos um território muito mais resistente ao fenómeno do fogo”.
O “programa de reordenamento económico da Serra de Monchique”, foi anunciado por António Costa a 10 de agosto e estará à responsabilidade de o presidente da Câmara de Monchique, Rui André. O autarca, como garantiu à Lusa dois dias depois, pretende ter o plano pronto até dezembro, enquanto o programa será implementado durante os próximos “seis a sete anos”. Um objetivo reforçado pelo ministro: "Até ao final do ano vamos ter esse plano bastante bem estruturado", garantiu.
Matos Fernandes explicou esta segunda-feira que o projeto vai consistir em substituir culturas e uso do solo. No entanto está salvaguardado que o projeto não vai “retirar rendimentos a ninguém”, garante o ministro.