O Relatório da Democracia de 2018, o segundo relatório anual do projeto Variedade da Democracia, colocou Portugal no top 10 das melhores democracias a nível mundial. O estudo é feito por uma rede global de investigadores e peritos e tem como objetivo avaliar as democracias existentes em 201 países.
Portugal surge atrás da Noruega – que lidera a lista –, da Suécia, Estónia, Suíça, Dinamarca, Costa Rica, Finlândia, Austrália e Nova Zelândia no que toca ao índice das democracias liberais. Neste tópico é avaliado não só a democracia formal mas também os direitos e liberdades da população.
Já no que toca aos indicadores eleitorais, de liberdades e igualdades sociais, Portugal desce um lugar, ficando na 11.ª posição. A pior prestação lusitana é referente à participação política em que Portugal desce para o 38.º lugar da tabela.
“Portugal é um dos países em contra-tendência, já que a tendência mundial dos últimos 8,10 anos tem sido, não necessariamente de reversão, mas de alguma erosão da democracia, mesmo em democracias estabelecidas. Não só os países que não eram democráticos se tornaram mais autoritários – Rússia, Turquia -, como democracias consolidadas como o Brasil conhecerem deteriorações”, explica Tiago Fernandes, coordenador do projeto Variedade da Democracia para a Europa do Sul, ao Público.
Os resultados foram calculados a partir de um questionário feito a cerca de 250 cientistas e peritos – nacionais e internacionais. No caso de Portugal, Tiago Fernandes é o coordenador e o projeto é financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.