O sudeste dos Estados Unidos está sob a maior ameaça meteorológica das últimas três décadas. Um milhão e meio de pessoas foram retiradas de zonas onde se prevê que o furacão Florence, uma tempestade de categoria quatro na escala de Saffir-Simpson, venha a causar maior destruição. Está previsto que o fenómeno atmosférico atinja a costa na sexta-feira com ventos de 220 quilómetros por hora.
O estado de emergência foi declarado nos estados da Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virgínia. O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) alertou para o risco de chuvas fortes, inundações, deslizamento de terras e formação de ondas que podem chegar aos cinco metros. A tempestade pode chegar já hoje aos referidos estados.
Segundo a NHC, este o Florence é “extremamente perigoso”. “Todas as pessoas na Virgínia têm de se preparar. Se o furacão parar, esperamos chuvas significativas. A maior ameaça à vida provocada pelos furacões não são os ventos fortes, mas as inundações. São elas que provocam mais mortes”, afirmou o governador da Virgínia, Ralph Northam.
Para o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, “esta é uma tempestade muito perigosa, devemos levá-la muito a sério”, afirmou em conferência de imprensa, onde também deixou claro que “estamos num jogo de xadrez mortal e importante contra o furação Florence”. As autoridades inverteram o sentido de várias estradas estaduais para facilitar a saída das zonas costeiras.
Roy Cooper, governador da Carolina do Norte, confirmando que o seu estado é um dos que deve sofrer mais com a passagem do Florence, classificou a tempestade como “um monstro” e ordenou a evacuação das ilhas de Outer Banks.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência para a Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia, Maryland e o distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washington e garantiu ajudas financeiras e recursos para auxílio durante a tempestade.