O furacão Florence já atingiu a escala 4 (num máximo de 5) e prevê-se que chegue hoje à costa norte-americana com os seus ventos, que poderão atingir 250 km/h. De acordo com um representante da FEMA (agência para emergências dos EUA), “a onda de tempestades tem força suficiente para matar uma grande quantidade de pessoas e para causar uma grande destruição”.
As previsões dos meteorologistas da Universidade do Michigan apontam para que cerca de 2,4 milhões de pessoas fiquem sem eletricidade durante o dia de sexta-feira. Nos supermercados, as prateleiras estão vazias, e as companhias aéreas cancelaram muitos voos. Mais de um milhão e meio de pessoas foram retiradas das suas casas. As autoridades temem que este venha a ser o furacão mais destruidor das últimas décadas.
Donald Trump assumiu que o governo está preparado para enfrentar o furacão Florence e para garantir a proteção das populações dos estados da Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virgínia, onde foi declarado o estado de emergência.
Ontem, levado a comparar entre o Florence e o furacão Maria, que atingiu Porto Rico – Estado associado dos EUA – em setembro do ano passado, Trump destacou o “incrível sucesso” da resposta do governo a essa catástrofe que fez quase três mil mortos e deixou grande parte do país sem energia elétrica durante 11 meses.
“O trabalho que o FEMA e as autoridades fizeram com o governo de Porto Rico foi tremendo”, afirmou Trump durante uma reunião com as equipas de emergência a propósito da ameaça do furacão Florence.
Ricardo Rosselló, governador de Porto Rico, recordou que o furacão Maria devastou as infraestruturas básicas do país e Yulín Cruz, presidente da câmara de San Juan, a capital de Porto Rico, mostrou-se indignado: “Um sucesso?! Se ele pensa que a morte de três mil pessoas é um sucesso, que Deus nos ajude!”