A região Norte de Portugal foi considerada como uma das mais pobres do país, estando também entre as mais pobres da Europa. De acordo com o presidente do Conselho Regional do Norte, Miguel Alves, "não basta fazer o mesmo com mais força, é preciso fazer diferente, porque os recursos são escassos".
"A região Norte, com toda força que tem, com toda a pujança económica, com a vontade das suas gentes e dos seus autarcas, continua a ser, décadas depois de receber fundos comunitários, uma das regiões mais pobres do país e da Europa", afirmou Miguel Silva, em declarações à Lusa.
Este tema surgiu na sequência do debate sobre a participação da Região Norte no Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que aconteceu esta sexta-feira na Comissão de Coordenação Regional do Norte.
Miguel Alves defende que "não se pode ficar por uma soma de vontades ou soma de projetos que pode haver em cada território, porque o dinheiro não vai chegar".
No evento estava também presente o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que defende que a região Norte é "a maior plataforma exportadora" do país.
De acordo com o ministro, o Norte "é uma das zonas mais dinâmicas do ponto de vista económico do país, é uma das nossas grandes – senão a nossa maior – plataforma exportadora e por isso a consistência dos investimentos nos nossos portos, na ferrovia, nas ligações à Galiza, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Estes investimentos são certamente muito importantes para região, mas para a própria capacidade exportadora do país".
Pedro Marques sublinhou ainda que "o país já pagou bastante caro pela incapacidade que teve, no passado e ao longo de décadas, de consensualizar os seus principais investimentos", referindo-se aos avanços e recuos dos investimentos no país que fizeram Portugal “pagar preços demasiado elevados, em algumas circunstâncias, o que é precisamente isso que o governo quer evitar nesta fase”.
Os investimentos estratégicos para Portugal atingir até 2030 são definidos no Programa Nacional de Investimento 2030.