O furacão Florence diminuiu a sua força e desceu ontem de categoria 2 para 1, numa escala até 5, com ventos que podem atingir os 82 km/h. O aviso de tornado chegou a ser emitido e o furacão já causou chuvas fortes na costa sudeste da Carolina do Norte.
Apesar de ter perdido força, os ventos fortes e as chuvas já provocaram inundações. Uma das cidades mais afetadas foi New Bern, onde várias zonas ficaram inundadas, 150 pessoas ficaram presas devido à subida do nível das águas e centenas ficaram sem eletricidade.
Dezenas de pessoas foram resgatadas de um hotel em colapso junto à zona costeira da Carolina do Norte e em Wake Forest foi aberto um espaço para abrigar os cães que andavam perdidos.
Em Wilmington, o vento forte já provocou a queda de uma árvore em cima de uma casa, causando dois mortos e um ferido. Também o serviço Nacional Meteorológico em Wilmington alertou na rede social Twitter que «não está imune» à tempestade. A sede já perdeu várias árvores devido aos ventos fortes.
O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, alertou em conferência de imprensa que o furacão já se disseminou. «Será muito difícil encontrar uma pessoa na Carolina do Norte que não tenha sido afetada. Acabou de chegar a terra e estará aqui por muito tempo. Vai ser uma tempestade terrível», referiu. Também na mesma conferência, dada durante a tarde de ontem, o general Gregory Lusk garantiu que mais de 500 operacionais da guarda da Carolina do Norte foram enviados para os locais mais afetados e que até àquela altura tinham respondido a 108 chamadas de emergência e 30 acidentes de automóvel. Gregory Lusk aproveitou para pedir à população que não conduza enquanto a tempestade não passar.
Também o serviço Nacional de Meteorologia alertou a população do interior da Carolina do Norte para a crescente ameaça de deslizamentos de terra e ventos fortes durante todo o fim de semana, «o Florence vai trazer ventos fortes de sábado a segunda-feira. Espera-se que a chuva forte resulte em inundações significativas ao longos dos rios. Os deslizamentos de terra são perigosos e potencialmente mortais, capazes de destruir estradas, pontes e casas». Os especialistas aconselharam as pessoas a afastarem-se de «encostas íngremes e de pequenos rios e que procurem abrigo em terrenos mais altos».
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica definiu o Florence como histórico, já que está a bater máximos de níveis de maré alta, superando o furacão Joaquin de 2015.