Vestidos com os trajes tradicionais, os atiradores abriram fogo, causaram um pandemónio naquela zona tão movimentada, e, de seguida, desapareceram em motas. O atentado provocou o pânico na Plaza Garibaldi, que fica muito perto do célebre bairro Tepito, onde se concentram os violentos gangues de narcotraficantes que foram o cartel La Union.
"Vens para aqui com toda a descontracção, à espera de passar um bom momento e, de súbito, ouves uma série de disparos. Não sabes se irás sair daqui vivo", disse à Reuters um turista que estava naquela praça da Cidade do México. "Agora, as pessoas vão-se sentir intimidadas sempre que virem mariachis, e não vão querer estar na sua companhia".
O bairro de Tepito tem assistido a uma escalada das tensões e de episódios de violência desde que, no mês passado, o líder do cartel, Roberto Moyado Esparza ("El Betito") foi preso.
A capital mexicana continua à cabeça de todas as listas como a cidade mais perigosa do mundo. Desde 2014, a já elevada taxa de homicídio, tem vindo a agravar-se. O governo mexicano declarou guerra ao crime organizado, mas, de ano para ano, a violência aumenta, e, desde 2006, mais de 200 mil pessoas foram mortas ou estão desaparecidas.
O ano mais violento foi o de 2017, com mais de 25 mil pessoas assassinadas no país, sendo que o crime organizado é responsável por um terço desse número.