Investigadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveram uma terapia genética que pode vir a tratar a dependência da cocaína. O estudo foi publicado no jornal de medicina Nature Biomedical Engineering, e pode vir a tornar-se uma prática comum.
A terapia consiste em implantes de células estaminais geneticamente modificadas, de forma a libertarem uma enzima que é responsável por “limpar” o sistema sanguíneo, deixando-o livre da droga.
A investigação foi feita em ratos e o artigo revelou que os implantes tiveram, de facto, sucesso. Os ratos em que as células foram implantadas perderam o vício e aqueles que não foram tratados acabaram por morrer.
Quanto às células estaminais, os investigadores reescreveram o ADN das células da pele dos ratos, para que houvesse a libertação dessa enzima, que com esta interferência fica 4.400 vezes mais potente do que uma enzima natural.
“Comparando com outras terapias genéticas, a nossa abordagem é minimamente invasiva, de longo prazo, com baixa manutenção e acessível. É um resultado muito promissor ”, afirmou o investigador que liderou a equipa, Ming Xu, ao The Guardian.
Os cientistas envolvidos nesta descoberta acreditam que esta terapia poderá vir a ser aprovada e utilizada para o tratamento do vício da cocaína, até porque durante os testes não foram registados quaisquer efeitos secundários.