As novas regras da ADSE está a criar um braço de ferro entre hospitais privados e a instituição de saúde do Estado. Este sábado o Expresso noticiou que os hospitais privados vão, a partir de outubro, deixar de operar os beneficiários da ADSE que não avancem com o pagamento total dos custos, no entanto, à TSF, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada afirma que o tal boicote não vai acontecer para já.
Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, explica à rádio que "a ADSE introduziu uma série de regras para implementar a partir do dia 1 de outubro, nomeadamente a necessidade de nós termos informações prévias ou autorizações prévias sobre os atos clínicos, os exames de gastro, as colonoscopias, as endoscopias. Ora, as regras tal como foram previstas não são possíveis de concretizar, porque o sistema de ADSE não permite. A ADSE no final de julho tinha dito que o sistema começaria em funcionamento a partir do dia 1 de setembro, mas a verdade é que até ontem não estava em funcionamento".
Com estas novas regras, os hospitais privados começaram a avisar os beneficiários da ADSE que para fazer operações, fisioterapia ou exames gastro a partir de outubro, teriam de assumir a totalidade da despesa e pagar a pronto.
O recuo da ADSE fez os hospitais privados adiar a medida. "Ontem [sexta-feira] à tarde, a ADSE reconheceu esta situação, houve aqui um recuo e mandou uma nota aos hospitais privados no sentido de adiar as regras um mês. Portanto, isto significa que o problema não está resolvido, mas esta data de 1 de outubro deixa de estar em cima da mesa, a partir de ontem ao final do dia quando a ADSE emite uma nova instrução aos hospitais privados”, explicou Óscar Gaspar.