No Porto, 23 mil alunos encontram-se deslocados e, esta segunda-feira, vários estudantes universitários reuniram-se em protesto contra a falta de alojamento na cidade invicta e dormiram à porta da Reitoria da Universidade do Porto, de forma a chamar a atenção do Governo para o assunto.
De acordo com o o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), João Pedro Videira, à agência Lusa os alunos pretendem "que esta ação sensibilize o Governo, a Câmara Municipal do Porto e as instituições de ensino para este problema que afeta os estudantes do Ensino Superior que, neste momento, ou não encontram casa ou não conseguem suportar os seus custos devido aos preços exorbitantes”.
Durante este protesto ouviram-se frases, como por exemplo, “Governo, escuta, os estudantes estão em luta!” e “Educação é um direito, sem ela nada feito".
À RTP, uma aluna da Universidade do Porto conta que estão, neste momento, a cobrar 450 euros por quarto, na zona velha do Porto, onde as casas “não são recentes”. Esta é uma situação que os alunos consideram “ridícula”, devido aos valores altos para as condições apresentadas.
Mas existem casos mais extremos. Dá-se também o exemplo de dois alunos que estavam a viver num carro, porque não tinham encontrado alojamento e não queriam faltar às aulas.
Há também alunos que estão em casa de amigos enquanto não conseguem arranjar uma solução, tendo em conta que o ano letivo 2018/2019 já começou. Os mesmos alunos revelam que, este ano, os senhorios duplicaram as rendas.
De acordo com a RTP, existem apenas 1.300 camas nas residências, e todas elas já estão ocupadas. O aluguer de um quarto varia entre os 300 euros e os 400 euros.