Esta quarta-feira, no Porto, centenas de pessoas juntaram-se num protesto contra a decisão do Tribunal da Relação do Porto que confirmou penas suspensas a dois homens que, numa discoteca, abusaram sexualmente de uma mulher.
Na manifestação, conduzida em grande parte por mulheres, era pedido o “fim da justiça machista” e podiam ler-se mensagens como “nós não nos calamos", "justiça machista" ou "andar em público não torna o meu corpo público".
Andrea Peniche, ativista de ‘A Coletiva’, citada pela Lusa, garantiu que o protesto foi uma “chamada de atenção” e uma demonstração da “indignação da sociedade”. Na opinião da ativista existe um “problema sistemático” e desafiou o Governo a lançaum debate a nível nacional acerca da forma como a justiça se pratica em Portugal quando em questão estão crimes de violência de género.
O caso em questão ocorreu em novembro de 2016, numa discoteca de Vila Nova de Gaia. A vítima, de 26 anos, esteve inconsciente por excesso de álcool. Contudo, os homens alegaram que esta consentiu as relações sexuais.