Manuel Heitor, ministro do Ensino Superior, fez um balanço positivo quanto ao arranque do ano letivo. O governante, que falou à margem da sua visita ao Summer Innovation Campus – uma iniciativa que pretende divulgar a texnologia e inovação desenvolvidade na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) –, considerou que o início das aulas “correu muito bem”.
O problema do alojamento dos estudantes universitários também tem marcado o arranque das aulas, mas Manuel Heitor disse que esse já era um problema esperado: “A questão da habitação já era esperada”. “É um caso típico de regiões como Portugal que têm uma procura grande pelo turismo. É uma questão com que vamos ter de aprender a lidar sistematicamente”, acrescentou o governante.
Manuel Heitor realçou ainda que esta é uma “questão nacional que exige um esforço coletivo” e recordou que está a ser desenvolvido um programa nacional de habitação para o Ensino Superior – que passa por revitalizar e reutilizar instalações antigas , para que nos próximos dois anos, sejam criadas de cerca de 1.500 camas.
Apesar de reconhecer que esse número não será suficiente, reconhce que este “é um esforço coletivo das autarquias, da administração pública, das instituições de Ensino Superior e das associações de estudantes, para que se possa regular a habitação e os preços de habitação dos estudantes juntamente com a qualidade e a proximidade necessária”.
Os estudantes também têm apresentado algumas queixas relativamente às bolsas de ação social. No entanto, o ministro assegurou que o processo está a decorrer “na sua normalidade". "Ainda antes de vir para aqui o diretor-geral do Ensino Superior me garantiu que o processo está a decorrer na normalidade e que, até ao fim do mês, serão pagas tantas bolsas como no ano passado".
"É sobretudo um contexto crescente de mais inovação, de um aumento considerável do investimento em investigação e desenvolvimento. Estão, neste mês de setembro, cerca de 1.600 novos projetos de investigação em curso em todo o país, incluindo na UTAD", afirmou Manuel Heitor. "Temos mais 4.000 concursos de emprego científico abertos e, por isso, este é um ano letivo que fica marcado certamente pelo reforço do emprego científico e isso são aspetos particularmente importantes", completou.
O Ensino Superior "é um espaço aberto a novas ideias, à investigação, é um estímulo ao desconhecido e à criatividade dos jovens das mais variadas disciplinas", frisou.