Os taxistas, que têm estado em protesto contra a lei das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros, decidiram, esta quarta-feira, “desmobilizar de forma ordeira”. A decisão acontece depois de o PS prometer transferir as competências de licenciamento para as câmaras municipais.
Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), citado pela Lusa, garantiu que “é um dia muito triste”, isto porque apesar de tudo, o setor não conseguiu “uma vitória total”.
Ainda assim, o dirigente da ANTRAL referiu também estar feliz por mostrar a Portugal que os taxistas não correspondem à imagem que lhes é atribuída, uma vez que, durante oito dias de protesto, tudo correu de forma pacífica.
Esta quarta-feira, depois do protesto em frente à Assembleia da República, o PS propôs aos taxistas incluir no pacote de descentralização a possibilidade de seres as autarquias a regular o serviço de transporte de passageiros regular e ocasional.
"Não vamos fazer nenhuma alteração à lei que está em curso, que vai entrar em vigor no dia 1 de novembro […]. Não vamos pedir nenhum pedido de inconstitucionalidade", disse Carlos Pereira, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, em declarações aos jornalistas.
Recorde-se que, os taxistas estiveram em manifestação desde quarta-feira passada contra a lei que tem como objetivo regular as quatro plataformas de transporte existentes em Portugal, Uber, Cabify, Taxify e Chauffeur Privé, e que estabelece um regime jurídico para a chamada atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica.