Será na segunda-feira que António Vitorino vai assumir a direção da Organização Internacional das Migrações (OIM), depois da eleição em junho.
Aos 61 anos, o português vai ocupar um cargo que tem sido ocupado, desde a sua criação, em 1951, pelos Estados Unidos, com exceção do ano de 1960.
O ex-ministro vai assumir o cargo numa altura em que as Nações Unidas finalizaram o Pacto Global acerca das Migrações, que tem o objetivo de garantir que estas são reguladas, seguras e ordeiras, e numa fase em que a União Europeia chegou a acordo sobre a crise migratória, que prevê a criação de, por exemplo, centros de controlo nos estados-membros.
"A garantia de medidas regulares de migração tem de ir de par em par com a eficácia no combate aos traficantes de seres humanos. E para encontrar as formas mais eficazes de garantir uma coisa e a outra é necessário que os países colaborem no âmbito das Nações Unidas e nas suas relações a nível regional ou bilateral", havia afirmado numa conferência sobre migrações, em Viseu, acrescentando ainda que a OIM "será um dos parceiros para contribuir nesse sentido".
António Vitorino sucede ao norte-americano William Lacy Swing para um mandato de cinco anos.