A Real Academia Sueca das Ciências atribuiu ontem o prémio Nobel da Física a três investigadores com trabalhos sobre “ferramentas feitas de luz”: Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland.
Em causa estão, justificou a Academia, “invenções pioneiras no campo da Física de lasers”. As invenções distinguidas este ano têm aplicações em vários campos: não só na física, como na química, na biologia e na medicina, explica o comité do Nobel.
O norte-americano Arthur Ashkin foi galardoado com metade do prémio – com um valor total de cerca de 870 mil euros – pelas suas “pinças óticas e a sua aplicação em sistemas biológicos”. As pinças de Ashkin permitem, por exemplo, que os investigadores “peguem” em vírus e bactérias sem as danificar.
Gérard Mourou and Donna Strickland – a primeira mulher a ganhar o galardão em 55 anos -, por sua vez, receberam a outra metade do prémio, que terão de dividir entre si, “pelo seu método de gerar impulsos óticos de alta intensidade e ultracurtos”. A sua invenção pode vir a ser aplicada, por exemplo, no campo da oftalmologia, mais especificamente em operações oftalmológicas com recurso a laser.