Os recursos apresentados por oito dos 37 arguidos foram rejeitados pelo Tribunal da Relação de Lisboa o que significa que os suspeitos dos ataques na academia de Alcochete vão ficar em prisão preventiva, revelou esta quarta-feira a Procuradoria-geral Distrital de Lisboa (PGDL).
O TRL "pronunciou-se já, em oito acórdãos, pela manutenção das medidas de coação de prisão preventiva aplicadas aos arguidos, considerando-as necessárias, proporcionais e adequadas, atentas as necessidades e exigências cautelares e as penas abstratas previstas para os crimes indiciados", pode ler-se num comunicado enviado pela PGDL. "Em três destes acórdãos, o TRL, chamado a pronunciar-se quanto aos crimes concretos imputados aos arguidos recorrentes, conclui pela verificação de fortes indícios dos mesmos", acrescenta.
Ainda há recursos interpostos, sobre os quais o TRL ainda não se pronunciou. Estão em prisão preventiva 37 arguidos, 23 dos quais foram detidos no dia em que se registaram as agressões, a 15 de maio. Os restantes arguidos foram detidos entre junho e julho, na sequência das investigações.
Os jogadores e o treinador do Sporting, assim como os funcionários, foram agredidos nos balneários da Academia de Alcochete por um grupo de cerca de 40 indivíduos encapuzados.
Trinta e sete arguidos estão em prisão preventiva por crimes de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.