Em 2014 um grupo de jihadistas do Estado Islâmico raptou-a e vendeu-a. Foi violada, agredida e humilhada mas conseguiu fugir. Nadia Murad foi esta sexta-feira distinguida com o Nobel da Paz, em conjunto com o médico congolês Denis Mukwege, pelo trabalho para “acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra”.
Os combatentes do Estado Islâmico invadiram a aldeia onde Nadia Murad vivia, mataram os homens e levaram milhares de mulheres a trabalhos forçados e escravatura sexual. No Parlamento Europeu, quando foi nomeada “embaixadora da ONU para a dignidade das vítimas do trafico de seres humanos”, a jovem contou que os jihadistas queriam “ter a nossa honra, mas perderam a sua honra”.
Nadia Murad conseguiu fugir com a ajuda de uma família muçulmana de Mossul e com documentos de identeidade falsos, tendo chegado a um campo de refugiados no Curdistão iraquiano. Foi aí que ficou a saber que seis dos seus irmãos e a mãe morreram.
Atualmente mora na Alemanha e continua a alertar o mundo para a existência de milhares de mulheres yazidies ainda sob o poder do Estado Islâmico.