O ex-porta voz da Polícia Judiciária Militar será ouvido, esta terça-feira, no DCIAP de Lisboa sobre a Operação Húbris, que investiga a recuperação das armas levadas dos paióis de Tancos, em junho de 2017.
Este será o segundo interrogatório de Vasco Brazão e espera-se que o major esclareça a questão do alegado conhecimento do agora ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes sobre a encenação do reaparecimento das armas.
Recorde-se que no seu primeiro depoimento acerca do caso, o major afirmou que o ministro estaria ao corrente da operação de encobrimento, pois tinha sido entregue um memorando, com informações sobre o que se tinha passado com a recuperação das armas, ao seu chefe de gabinete.
O general António Martins Pereira, como ex-chefe de gabinete de Azeredo Lopes, entregou, na passada quinta-feira, a “documentação verdadeira” que o major Vasco Brazão e o coronel Luís Vieira lhe deram durante uma reunião no seu gabinete, em novembro do ano passado.
O documento em causa permitiria inferir os contornos do encobrimento, mas o então ministro da Defesa Azeredo Lopes negou sempre ter tido conhecimento de quaisquer ilegalidades cometidas pela Polícia Judiciária Militar.
No entanto, foi a associação do seu nome a este caso que terá ditado o seu pedido de demissão feito ao primeiro-ministro, António Costa, que o aceitou, nomeando João Gomes Cravinho para o seu lugar.