“Não aceito de todo uma consideração que diga que existe, por parte das forças de segurança, uma prática reiterada de violência policial de natureza racista", disse o ministro, durante a comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, – numa audição que foi pedida pelo Bloco de Esquerda acerca do último relatório da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância.
Recorde-se que no relatório, a ECRI acusa a PSP e a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), de serem tolerantes ao racismo e pede que a polícia pare de relativizar a violência contra negros e ciganos.
Eduardo Cabrita disse aos deputados que leu "o relatório com toda a atenção" e que "a única referência" no que diz respeito a Portugal se prende com acontecimentos de 2015, e que envolveram, agentes da PSP da Cova da Amadora, na Amadora.
"A orientação no combate às discriminações por parte do Governo, enquanto orientação geral, e por parte do MAI, naquilo que são as suas áreas de responsabilidade especificas, é indiscutível", sustentou, ressalvando que o executivo não tem "qualquer hesitação sobre essa matéria".