O congressista Joaquin Castro, democrata do Texas que está no comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, envolveu o nome do genro e conselheiro de Donald Trump, Jared Kushner, na morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, alegadamente assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
«Jared Kushner poderá ter passado, através do serviço de informações dos EUA, uma lista de inimigos a abater ao príncipe herdeiro» e Mohammad bin Salman poderá ter agido em conformidade, referiu Castro à CNN, pedindo uma investigação.
Na sua página do Twitter, Castro garante que não queria «acusar Jared Kushner de orquestrar nada», apenas pretende que o Congresso investigue as várias notícias que vieram a lume e que dão conta de que o príncipe herdeiro saudita se gabou em círculos íntimos de ter Kushner ‘no bolso’. «Por estas razões. O Congresso deveria abrir uma investigação para ver se Jared Kushner ou qualquer membro da Administração partilhou informação de inteligência com os sauditas que levou a alguma perseguição política, incluindo o assassinato de Jamal Khashoggi», acrescentou o congressista democrata. Kushner é um dos promotores da ligação próxima entre a Casa Branca e a Casa de Saud.
Entretanto, a investigação da morte do jornalista teve novos desenvolvimentos ontem, com a polícia a procurar na floresta de Belgrado, próxima de Istambul, por algum sítio onde o corpo de Khashoggi possa ter sido enterrado. Dois veículos do consulado terão sido vistos a fazer o caminho até à floresta de Belgrade no dia em que o jornalista desapareceu.