Uma correspondência de ADN pode, 32 depois, comprovar a culpa de Russel Bishop, um predador sexual que, até ao momento, era considerado inocente do assassinato e abuso sexual de duas crianças de nove anos, em Bringhton, Inglaterra.
Karen Hadwai e Nicola Fellows foram estranguladas até à morte em outubro de 1986, num parque público. Os corpos foram depois encontrados nas colinas de South Downs, no sudeste de Inglaterra. Ninguém chegou a ser responsabilizado pelos crimes.
O homem, de 52 anos, era até agora considerado inocente no homicídio das crianças. Contudo, devido aos avanços relativos a testes de ADN, um Tribunal de Recurso anulou a absolvição do britânico e este vai voltar a ser julgado.
Entre as provas recolhidas está uma camisola que Russel Bishop terá utilizado quando esteve em contacto com as duas crianças e que foi, posteriormente, descartada.
"Pode concluir-se que a camisola pertencia obviamente ao arguido, que tinha estado recentemente em contacto com as roupas das meninas e que esse contacto recente só pode ter acontecido na altura dos seus homicídios", constatou o promotor do tribunal, Brian Altman QC.
Três anos depois da absolvição deste crime, em 1990, o homem britânico raptou uma criança de sete anos, tendo-a
levado no porta-bagagens de um carro roubado. Depois, estrangulou-a e agrediu-a sexualmente, até a deixar morrer no vale de Devil's Dyke, em Sussex. Bishop acabou por ser condenado pelo crime.