Este domingo realiza-se a segunda volta das eleições presidenciais do Brasil, estando na corrida Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. De acordo com a consultora Fitch Solutions, a probabilidade de o primeiro sair vitorioso na noite das presidenciais é de 70%.
Contudo, numa sessão de perguntas e respostas com os investidores, na qual foi revelado o resultado da sondagem, a consultora considera que será “extremamente difícil” para Bolsonaro fazer aprovar as reformas necessárias, como a da Segurança Social, ignorando as alianças partidárias.
Bolsonaro defende uma reforma da Segurança Social, para que sejam aumentados os valores das pensões e o nível da expansão económica.
“Apesar de ser capaz de utilizar os holofotes dos meios de comunicação social para influenciar a agenda do Congresso, negociar e implementar legislação será extremamente difícil se não usar os interesses divergentes dos partidos e se não impuser disciplina de voto, particularmente num parlamento de 513 deputados”, visto que "como os deputados dependem dos partidos para o financiamento das suas campanhas, vão estar sujeitos às hierarquias partidárias, e os partidos vão exigir concessões e favores em troca do seu apoio", refere a Fitch Solutions
Por isso, "um Governo de Bolsonaro iria debater-se com a aprovação de uma reforma suficientemente significativa para satisfazer as expectativas dos mercados financeiros".
Haddad e Bolsonaro defrontam-se no dia 28 de outubro, para a segunda volta das eleições. De acordo com as últimas sondagens, Bolsonaro está à frente com 59% da percentagem de votos, contra 41% de Haddad.