O ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) ficou em silêncio esta terça-feira perante os procuradores do Ministério Público (MP) que estão a investigar o reaparecimento das armas roubadas do paiol de Tancos.
"O meu constituinte usou do direito legal de não prestar declarações, manteve as declarações do primeiro inquérito de arguido detido. Considera que o silencio é a melhor resposta e estamos cientes que tempo se vai encarregar de trazer toda a verdade", disse o advogado de Luís Vieira, Rui Baleizão, depois de uma hora e meia no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O coronel Luís Vieira, em prisão preventiva desde o dia 28 de setembro, foi chamado ao DCIAP. Contudo, decidiu não prestar declarações ao MP. Segundo o advogado, o ex-diretor da PJM não quer "perturbar e contribuir para mais intoxicação daquilo que é a informação que tem vindo a denegrir entidades e instituições".
Quando o coronel Luís Vieira foi notificado para comparecer junto dos procuradores do DCIAP, Rui Baleizão havia dito que tanto ele como o seu cliente estavam tranquilos, acrescentando ainda que "quem não deve não teme”.