Esta terça-feira a Dinamarca acusou o Teerão de ter preparado, em solo dinamarquês, “um atentado” contra três iranianos que vivem naquele país. O ataque teria sido uma retaliação contra um outro atentado mortal que foi cometido em setembro, no Irão.
“Trata-se de uma operação dos Serviços Secretos iranianos que, segundo nós, preparavam um atentado na Dinamarca”, explica o chefe dos Serviços Secretos Dinamarqueses (PET), Finn Borch Andersen. Os três iranianos são suspeitos de pertencer ao Movimento Árabe de Luta pela Libertação de Ahvaz, acrescentou Andersen numa conferência de imprensa.
Em setembro, o Teerão acusou a Dinamarca, a Holanda e o Reino Unido de “de albergarem alguns membros do grupo terrorista”. O Irão acusa também os mesmos indivíduos de terem sido responsáveis pelo atentado que aconteceu em Ahvaz, a 22 de setembro, onde 24 pessoas foram abatidas por um comando de cinco pessoas que abriu fogo sobre uma parada militar. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico e por um grupo separatista árabe.
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, já reagiu à situação com uma publicação na sua página de Twitter: “É totalmente inaceitável que o Irão ou qualquer outro Estado estrangeiro fomente assassínios no território dinamarquês” avisando que “medidas contra o Irão [serão] discutidas na União Europeia”.
Também Theresa May deixou “o seu apoio” à Dinamarca afirmando estar “em estreita cooperação com o Reino Unido e outros países, nós confrontaremos o Irão”.