No início dos anos 90 começou a pôr-se em causa o uso do soutien e a especular-se sobre os seus efeitos negativos. O livro ‘Dress to Kill’ (‘Vestida para Matar’, numa tradução literal), lançado em 1995, defendia que o uso de soutiens apertados ajudava a desenvolver cancro da mama, uma vez que estes contraíam o sistema linfático e, como consequência, ‘armazenava’ as toxinas no corpo, explica a revista Shape. No entanto, não existem quaisquer provas científicas que apoiem esta teoria.
Aliás, de acordo com um artigo publicado no jornal Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, não existe qualquer ligação entre o uso de soutiens e o desenvolvimento do cancro da mama. “O risco de desenvolver esta doença é exactamente o mesmo independentemente do número de horas que uma mulher usa um soutien, do tipo de soutien que usa [com ou sem aros], ou da idade com que começaram a usá-lo”, explica Lu Chen, investigadora do Public Health Sciences Division do Fred Hutchinson Cancer Research Center, através de um comunicado citado pelo Huffington Post.
No entanto, dormir com o soutien vestido parece também não trazer qualquer benefício. O facto de passar a noite com este suporte no peito não o vai deixar mais ‘direito’, ou menos ‘descaído’. Os únicos factores que estão ligados a este processo são o tempo, a gravidade, a gravidez e a amamentação, lê-se no Huffington Post.
Assim sendo, não há qualquer problema em dormir com um soutien, mas este hábito também não lhe trará grandes benefícios. As únicas mulheres que poderão precisar de usar um suporte durante a noite são as que têm um peito muito grande e cujos seios incomodam durante os movimentos próprios de quem está a dormir, explica o site Nemours’ Teen Health. Nesses casos, o melhor é usar um soutien sem aros e que não seja muito apertado – se for muito justo pode causar irritação da pele naquela zona e/ou problemas em adormecer.