Um militante de extrema-direita foi detido na Catalunha por planear o assassinato do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. O homem foi detido há três semanas, mas a detenção só foi hoje revelada.
O homem, segurança privado de profissão, queria vingar-se de Sánchez por este estar a avançar com a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco do monumento do Vale dos Caídos, a 40km de Madrid. O indivíduo já tinha expressado ameaças ao primeiro-ministro em grupos de chat na rede social Whatsapp, segundo o diário espanhol "Público".
As ameaças e o plano foram encarados por um dos membros do chat como credíveis, denunciando-o às autoridades. Ainda que não tenha antecedentes criminais, o indivíduo tinha licença de arma e experiência em carreiras de tiro, tendo participado em várias competições. Aos olhos das autoridades, o homem tinha todas as capacidades para levar a cabo o assassinato com sucesso, obrigando-as a agirem com a máxima celeridade.
Foi detido e a sua casa revistada, com as autoridades a encontrarem 16 armas, entre as quais uma metralhadora. Foi apresentado a tribunal e colocado em prisão preventiva. É acusado de conspiração contra um representante do Estado, proferir ameaças sérias, posse de armas ilegais e uma acusação de crime de ódio por defender publicamente o legado de Franco.