A portuguesa Claudia Patatas, de 38 anos, foi condenada pelo tribunal de Birmingham, em Inglaterra, juntamente com o seu companheiro Adam Thomas, de 22 anos, e um amigo, Daniel Bogunovic, de 27 anos, por pertencerem a um grupo de extrema-direita, o National Action.
Segundo a lei britânica sobre o terrorismo, que entrou em vigor em 2000, os apoiantes de organizações terroristas proibidas podem ser condenados até 10 anos de prisão. Apesar de terem sido considerados culpados, a sentença só será conhecida a 14 de dezembro.
Segundo Barnaby Jameson, procurador público, o grupo era uma “pequena célula de fanáticos” que defendia uma “jihad branca” com ações que iam “para além do insulto racional ocasional”.
Várias fotografias dos arguidos com bandeiras com suásticas e vestes iguais às do Ku Klux Klan foram usadas como provas de que, apesar do grupo se ter tornado ilegal, Claudia Patatas, Adam Thomas e Daniel Bogunovic continuavam a reunir-se, tendo apenas mudado a denominação da organização. O próprio nome dado por Claudia Patatas e Adam Thomas ao seu filho recém-nascido – que tem como segundo nome “Adolf”, em homenagem a Adolf Hitler – foi também apresentado em tribunal como prova.
Para além dos três condenados, durante a operação policial foram também detidos Joel Wilmore, Darren Fletcher e Nathan Pryke, entre os 24 e 27 anos, que se declararam culpados antes do julgamento.