Michelle Obama ganharia a Trump nas eleições presidenciais de 2020

Presidente dos EUA perde também para Oprah e outros possíveis candidatos democratas. Livro da ex-primeira-dama já saiu em Portugal

Esta é a semana de Michelle Obama. A ex-primeira-dama publicou o seu aguardado livro de memórias, “Becoming – A Minha História” simultaneamente em 31 países, incluindo Portugal, e a juntar à atração noticiosa a Axios e a SurveyMonkey publicaram duas sondagens sobre as presidenciais de 2020 em que Michelle Obama é, entre uma série de candidatos democratas, aquela que ganha com maior diferença a Donald Trump: 56% a 40%.

Entre os nomes apontados pela sondagem como concorrentes figuram também o de Hillary Clinton, que fez saber por um ex-assessor esta semana que estará a equacionar candidatar-se novamente em 2020. O resultado não é dos mais lisonjeiros, pois mesmo superando Trump, é aquela que apresenta a menor diferença em relação ao atual chefe de Estado: 50% a 44%. Até o ex-presidente de Barack Obama, Joe Biden, consegue melhor resultado, com 54% a 42%.

Oprah Winfrey, a popular apresentadora de televisão, amiga dos Obama e uma das caras mais reconhecidas da comunidade afro-americana, também ganharia a Trump se se decidisse a concorrer à Casa Branca, ideia que chegou a ser analisada na imprensa em 2016, depois da saída dos Obama da presidência. Oprah ganha a Trump por 54% a 40%.

A sondagem vale o que vale, serve apenas para mostrar a popularidade que a ex-primeira-dama ainda mantém entre os norte-americanos, até porque naquilo que vai dizendo para promover o seu livro, Michelle Obama garante que a Casa Branca é algo que já pôs atrás das costas. O ex-presidente Barack Obama, na sua entrevista a David Letterman para  o especial da Netflix “My Next Guest Needs no Introduction”, punha de parte qualquer veleidade de regressar à Casa Branca, mesmo como primeiro-cavalheiro.

Em outubro, em plena campanha para as eleições intercalares, o ex-chefe de Estado garantiu que Michelle Obama “não se vai candidatar à presidência, mas anda aí fora a dizer-lhe para votar porque o antídoto a um governo de uns quantos poderosos é o governo organizado e estimulado por muitos”.

Na entrevista que deu a Oprah, no começo da sua digressão para promover “Becoming” que vai parar em 12 cidades, perante 14 mil pessoas na arena da equipa de basquetebol dos Chicago Bulls, Michelle confessou que chorou no avião, quando a família saiu da Casa Branca para entrar Donald Trump, mas que isso nada teve a ver com o facto de o sucessor do marido ser Trump.

“Quando entrei no avião, solucei durante 30 minutos. Penso que foi o alívio de oito anos a tentar fazer tudo de forma perfeita”, referiu a primeira-dama durante a hora e meia de conversa. “Disse para o Barack: ‘Foi tão difícil aquilo que fizemos. Foi tão difícil”, acrescentou, referindo-se a um episódio que não menciona no seu livro que teve uma primeira tiragem de três milhões de exemplares.