Uma mulher foi detida por fraude no Reino Unido, por ter exercido psiquiatria durante 22 anos sem ter qualificações para tal.
Zholia Alemi fez crer às autoridades de saúde britânicas que se tinha licenciado na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, quando não era verdade.
A fraude só foi descoberta após a falsa psiquiatra ter convencido um paciente idoso a torná-la beneficiária no seu testamento.
A detenção da mulher, ocorrida em outubro, levou as autoridades britânicas a abrirem o espetro da investigação a três mil médicos estrangeiros que obtiveram licenças para exercer naquele país, segundo a BBC.
O objetivo é averiguar a veracidade das qualificações que os alegados médicos apresentaram na obtenção da licença.
“Os pacientes merecem bons cuidados de profissionais devidamente qualificados e depositam muita confiança nos médicos. Abusar dessa confiança e do respeito que a profissão suscita é abominável", afirmou o responsável do Conselho Médico Geral do Reino Unido, através de um comunicado.
“Os nossos processos são agora muito mais exigentes, com testes rigorosos para assegurar que os que se inscrevem para obter licenças para exercer medicina estão aptos a trabalhar no Reino Unido. É claro que, neste caso, as medidas tomadas na década de 1990 foram inadequadas", acrescentou.