Bala atravessa parede e mata jovem de 13 anos

“Às vezes, sento-me e tenho de fugir ao que vejo e oiço todos os dias. Quando o faço, chego sempre à mesma conclusão… Estamos num estado de caos”, escreveu a jovem num trabalho da escola

Quando estava no sexto ano, Sandra Parks foi uma das vencedoras do concurso interescolas “Martin Luther King Júnior”. A jovem apresentou um texto sobre violência com armas e crime em Milwaukee, a sua terra natal. Dois anos depois foi morta num tiroteio.

A jovem, agora com 13 anos, estava no quarto quando uma bala proveniente de um tiroteio que aconteceu à frente de sua casa. A bala perfurou a parede e atingiu-a no peito. “A minha irmã agiu como um soldado: Entrou na sala e disse ‘mamã, foi atingida’”, conta a irmã Tatiana Ingram ao canal WISN. “Ela foi atingida apenas uma vez no peito”, diz a mãe, “a bala nem era direcionada a ela”.

Sandra Parks sempre assumiu uma postura contra a violência, recorda a mãe. No trabalho que entregou para o concurso, a jovem apelou a uma maior empatia, retirando a negatividade, e um investimento na educação com o objetivo de construir um mundo melhor. “Nós somos os futuros líderes, mas se não tivermos educação, não vamos alcançar nada”, escreveu

“Às vezes, sento-me e tenho de fugir ao que vejo e oiço todos os dias”, escreveu ainda Sandra. “Quando o faço, chego sempre à mesma conclusão… Estamos num estado de caos.”

Em Milwaukee, houve 12 estudantes mortos em escolas públicas nos últimos dois anos. Sandra é já a sétima este ano.