Novos documentos obtidos pelo Football Leaks foram tornados públicos esta sexta-feira, e de imediato a polémica surgiu. No caso, a envolver Sergio Ramos: de acordo com o jornal alemão "Der Spiegel", que se baseia nas informações divulgadas por aquele site, o central espanhol terá falhado as regras do controlo anti-doping em duas ocasiões referentes a jogos do Real Madrid.
Um dos encontros em questão refere-se mesmo à final da Liga dos Campeões de 2017/18, em Cardiff, quando os merengues bateram a Juventus por concludentes 4-1 (com bis de Cristiano Ronaldo). Segundo revela o periódico germânico, a UEFA acabou por arquivar o caso, considerando válidas as explicações prestadas pelo jogador e pelo diretor clínico do gigante de Madrid, que assumiu ter dado duas injeções ao jogador, uma no joelho e outra no ombro. Foi isso que levou Sergio Ramos a acusar dexametasona, um medicamento com efeito de anti-inflamatório que faz parte das substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Dopagem (WADA).
Este organismo refere que a dexametasona pode ser administrada antes dos jogos, mas tal terá obrigatoriamente de ser referido pelo responsável médico durante o controlo, o que não aconteceu. O médico do Real Madrid assumiu a culpa e explicou que se tratava de um mero erro humano sem intenção de violar qualquer regra, levando a UEFA a arquivar o caso e a considerar que se tratou de um “erro administrativo” – pedindo, ainda assim, "o máximo de cautela" ao clube merengue.
O outro caso foi mais recente: ocorreu em abril deste ano, num jogo da Liga espanhola que opôs o Real Madrid ao Málaga – os merengues venceram fora por 2-1, com o seu capitão a alinhar os 90 minutos. Nesta situação, Sergio Ramos tomou banho logo a seguir ao jogo e só depois compareceu no controlo anti-doping, inviabilizando assim a realização do teste à urina.