Não fosse a veterania da equipa francesa que recebe até amanhã em Lille a final da Taça Davis, diante da Croácia, e este final de época seria caracterizado pela nova geração do ténis.
2018 ficou marcado por os trintões Roger Federer (no Open da Austrália), Rafael Nadal (em Roland Garros) e Novak Djokovic (em Wimbledon e no US Open) manterem o domínio nos torneios do Grand Slam.
Mas no último mês, o Masters 1000 de Paris-Bercy foi ganho por um russo de 22 anos, Karen Khachanov, que bateu na final o de novo n.º 1 mundial, Novak Djokovic.
No verdadeiro Masters, as Nitto ATP Finals, em Londres, foi um jovem de 21 anos, um alemão de origem russa, a triunfar. Alexander Zverev desfeiteou nas meias-finais Roger Federer e na final Novak Djokovic, em dois encontros de dois sets!
Desde Andre Agassi no Masters de 1990 em Frankfurt que ninguém se impunha aos dois primeiros cabeças de série nas duas últimas rondas do Masters.
Zverev é ainda o primeiro a derrotar Federer num dia e Djokovic no dia seguinte. No sentido inverso, ou seja, superar o sérvio e depois o suíço em rondas consecutivas só Nadal (três vezes), Murray e Nalbandian – é raro!
Entre estes dois torneios, de Paris e Londres, disputou-se em Milão a segunda edição do Masters dos Sub-22, as Finais da Next Gen. O campeão foi um grego de 20 anos, Stefanos Tsitsipas.
Que as levas sucessivas de Next Gen estão a ganhar o seu lugar é evidente. Dominic Thiem fez parte da primeira fornada e já foi finalista este ano em Roland Garros, sendo um valor seguro do top-10. O próprio Alexander (Sascha) Zverev venceu três Masters 1000 nos últimos dois anos e tem andado no top-5 mundial.
A diferença é a consistência com que o fazem agora. Daniil Medvedev é 16.º do ranking aos 22 anos, Stefanos Tsitsipas 15.º aos 20, Kyle Edmund 14.º aos 23, Borna Coric 12.º aos 22, Karen Kachanov 11.º aos 22 e Sascha Zverev 4.º aos 21. Dominic Thiem, em 8.º, até parece velho aos 25.
São sete no top-20 do ATP World Tour a terem, a dado momento, pertencido às sucessivas campanhas de marketing Next Gen. Ao mais alto nível, esta geração mostrou bem os dentes em 2018.
Chung e Edmund foram semifinalistas no Open da Austrália, e Thiem finalista em Roland Garros, isto em Majors. Em Masters 1000, Zverev e Kachanov somaram títulos (e o alemão esteve em três finais). Tsitsipas e Coric foram finalistas e Shapovalov semifinalista.
Estará algum destes jovens pronto para ganhar finalmente um torneio do Grand Slam em 2019? Zverev acredita que sim, após coroar-se mestre dos mestres em Londres.