Há 123 anos a família real brasileira interpôs um processo judicial devido à expropriação de um palácio no Rio de Janeiro. O julgamento começa esta terça-feira.
É visto como o processo mais longo do Brasil: Os descendentes da antiga família real brasileira reclamam uma indemnização pela expropriação do Palácio Guanabara, após a proclamação da República, em 1889.
Nessa altura a princesa Isabel e o Conde D’Eu, seu marido, recusaram abandonar o Palácio argumentando que o edifício tinha sido comprado com dinheiro do dote oficial que recebera no seu casamento.
No entanto, em 1894 o Palácio foi tomado pelo Estado e a família real foi expulsa. Foi no ano seguinte que a ação judicial para reclamar propriedade foi interposta. Depois de várias instâncias lhe terem negado razão e do processo ter chegado a ser declarado como prescrito, uma sentença do Tribunal Federal de Recursos, em 1979, revogou essa decisão.
Passados 123 anos a família já não quer o Palácio Gunabara mas sim uma indemnização que terá de ser calculada, caso vençam o ação judicial.