Ataque informático aos hospitais CUF terá sido feito por dois hackers iranianos

Ao todo os hackers terão sido responsáveis por mais de 26,3 milhões de euros de prejuízo a entidades norte-americanas

Dois iranianos foram formalmente condenados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por terem sido autores de vários ataques informáticos durante 34 meses. Entre as vítimas dos ataques está o hospital português CUF, do Grupo José de Mello Saúde.

Faramarz Shahi Savani, de 34 anos, e Mohammad Mehdi Shah Mansouri, de 23, terão sido responsáveis por mais de 26,3 milhões de euros de prejuízo em entidades norte-americanas. 5,2 milhões de euros terão sido conseguidos através do pagamento de resgates das vítimas cujos sistemas informáticos foram atingidos pelo software malicioso.

“Os réus deste caso desenvolveram e espalharam o ransomware SamSam por forma a tornar reféns entidades públicas e privadas, extorquindo dinheiro deles”, pode ler-se na acusação.

Segundo a acusação da justiça norte-americana, os principais suspeitos do esquema de pirataria informática e extorsão internacional estiveram no ativo 34 meses.

Savandi e Mansouri terão usado técnicas para encontrar as vulnerabilidades dos sistemas informáticos das potenciais vítimas. “O objetivo é que quando encontra uma vítima, seja uma vítima na qual seguramente vai conseguir algum resultado. Estima-se que em cada quatro vítimas do SamSam haja um pagamento de resgate”, explica Ivan Mateo Pascual, perito da empresa de cibersegurança Sophos.

No caso do hospital português CUF, os computadores ficaram bloqueados, no passado dia 3 de agosto, pelo SamSam.