Conforme afirmou ao SOL o professor Carlos Dobreira, coordenador da Comissão Promotora da Homenagem a António Variações, de seu nome António Joaquim Rodrigues Ribeiro, nascido a 3 de dezembro de 1944, em Fiscal, concelho de Amares, distrito de Braga, “as letras e as músicas são um dos aspetos mais sintomáticas em relação à sua religiosidade”.
“As suas músicas caracterizadas pela religiosidade, com uma matriz cristã, são não só O Anjo da Guarda, como outros temas menos conhecidos, como por exemplo Procissão por Essa Braga Abaixo”, de acordo com o mesmo responsável, que coordena esta comissão.
Carlos Dobreira afirmou ao que “António Variações participava em atos religiosos na sua terra, em Fiscal, tendo mais no serviço militar tenha ensinado a catequese, em África”.
Nas suas músicas, “encontramos referencias à sua espiritualidade, com uma matriz cristã, embora ao longo da vida tenha conhecido outras realidades em outros mosaicos religiosos e culturais, para além de sociológicos”, acrescentou Carlos Dobreira.
“Só que António Variações, ao longo da sua vida, sentiu-se sozinho, até mesmo de certa forma abandonado na sua condição humana, pois ele só foi reconhecido nos últimos anos de vida, mas ele mesmo assim manteve sempre essa sua atitude de religiosidade”, referiu.
Os atos religiosos foram celebrados na Igreja da Irmandade de Santa Cruz, em Braga, pelo cónego António Azevedo e concelebrados pelo padre António Sousa Fernandes, o ex-presidente da Assembleia Municipal de Braga, já no consulado de Mesquita Machado, mas também decorreram ao final da tarde desta segunda-feira, na Basílica da Estrela, em Lisboa, há 34 anos, bem como na sua terra natal, em Fiscal, após já outra missa em Braga.