O histórico navio Funchal foi esta quarta-feira vendido em hasta pública ao grupo hoteleiro britânico Signature Living, depois de uma disputa renhida com um consórcio luso-francês.
O leilão, que decorreu a bordo do paquete, começou nos 2,3 milhões de euros e contou com quatro ofertas. No final, o navio foi vendido à Signature Living por 3,9 milhões de euros.
A empresa inglesa não quis explicar quais as intenções para o navio, mas garantiu que este vai ser levado do Cais da Matinha, em Lisboa, onde está atualmente atracado, para Inglaterra.
Para além da Signature Living, apresentaram ainda propostas de aquisição um grupo turco – que adquiriu também os navios Porto e Lisboa com o objetivo de os desmantelar para a sucata – e dois consórcios, um luso-brasileiro e outro luso-francês.
A disputa começou a ficar renhida entre a Signature Living e o consórcio luso-francês, tendo havido sucessivos lances de dez mil euros. Lucas Soulard Djouadi, um dos cinco investidores do consórcio luso-francês, demonstrou interesse no navio “pala história que tem e o passado que teve”. “Queremos dar-lhe um novo futuro” que, segundo o consórcio luso-francês passava por mantê-lo o Funchal atracado na Mantinha, transformando-o num espaço de lazer, com hotel, restaurantes e bares.
No entanto, e apesar de não avançar o futuro deste novo barco, o representante da Signature Living afirmou à Lusa que estava disposto a oferecer um valor mais elevado pelo navio, quando questionado se o valor pago seria demasiado alto.
O Funchal fazia parte do conjunto de quatro navios que o empresário Rui Alegre adquiriu para um negócio de cruzeiros financiado pela Caixa Económica Montepio Geral. Em causa estava um crédito de 150 milhões de euros que terá sido atribuído por via de 14 sociedades pertencentes a Alegre e que era utilizado para amortizar empréstimos de outras instituições de crédito, salários e automóveis.