Em "A verdade", o protagonista é Paulo Pires, uma espécie de Casanova dos anos 1950. Em "A mentira", o protagonismo vai para Miguel Guilherme, o marido que primeiro assume ter sido infiel à mulher.
"Todos os dias lemos e ouvimos histórias de verdades e mentiras. As expressões “fake news” e “pós-verdade” entraram nos discursos do quotidiano e nos meios de comunicação social. O que pensamos hoje sobre a mentira? E o que é a verdade?", introduz o texto de apresentação.
Nas duas peças, João Lourenço voltou a Floria Zeller, o autor de "O Pai". "Todos mentimos muito, mesmo que não nos apercebamos disso", disse João Lourenço, sublinhando que o facto de o dramaturgo ter remetido a mentira para o seio familiar ainda tem mais peso, "já que é no seio da família onde a mentira dói mais".
O mesmo elenco encenou dois espetáculos diferentes. Com versão de João Lourenço e Vera San Payo de Lemos — que assina também a dramaturgia de ambas as peças – a interpretação está a cargo de Paulo Pires, Miguel Guilherme, Patrícia André e Joana Brandão.
"A verdade" fica em cena na sala Vermelha, de quarta-feira a sexta, às 21h30, e, aos domingos, às 18h30, enquanto "A mentira" sobe ao palco da sala azul, de quinta-feira a sábado, às 21h30, e, aos dolmingos, às 16h00.