Os atrasos na atribuição de pensões foram, esta quinta-feira, novamente, admitidos, pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva. O ministro garantiu que o problema será resolvido “nos próximos meses”.
Vieira da Silva disse que “há muitas [pensões] que estão a ser pagas no tempo que era tradicional, mas há ainda dificuldades, reforçando que desde outubro do ano passado foram aprovadas cerca de “20 mil pensões” no caso do regime das muito longas carreiras contributivas.
"Estamos a fazer o melhor que podemos", acrescentou Vieira da Silva acrescentando que o atraso está relacionado com a “descapitalização do Centro Nacional de Pensões e do Instituto da Segurança Social”.
Não é a primeira vez que Vieira da Silve admite atrasos nas atribuições das pensões. Já em setembro o ministro justificou a situação com a falta de pessoal e o aumento do número de pedidos, mas, na altura, garantiu que a situação estaria normalizada “até ao final do ano”.
"Não quero esconder o problema. Nos casos mais complexos, com carreiras contributivas mais diversificadas e nalgumas regiões onde há maior concentração, existe o risco de haver casos que demorem um pouco mais de tempo. Esses são a nossa prioridade e penso que, até ao final do ano, todos os casos de longa duração serão resolvidos, sendo que, depois, resta-nos trazer o valor médio para um valor aceitável, que era aquele que existia na Segurança Social antes desta sangria [de funcionários], que são os três meses que a lei prevê", disse ainda na altura.