O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) abre hoje ao público a sua nova Sala do Presépio português que recebe, entre outros, o maior dos presépios do museu agora restaurado: o ‘Presépio dito dos Marqueses de Belas’.
O conjunto do final do século XVIII é da autoria de Joaquim José de Barros – o escultor conhecido por Barros Laborão – foi restaurado com recurso à campanha ‘Somos Todos Mecenas’. O presépio foi encomendado pelo empresário e colecionador lisboeta José Joaquim de Castro e, em 1937, acabou por ser comprado a uma descendente do empresário, a marquesa de Pombal, pelo primeiro diretor do MNAA, José de Figueiredo.
Apesar de ter sido conhecido como o Presépio dos Marqueses de Belas, a verdade é que nenhum dos documentos aponta uma ligação a esta família. «A tradição sempre identificou as personagens do Grupo do Mouro (colocadas no primeiro plano do presépio, à direita) como sendo representações dos Marqueses de Belas, muito provavelmente porque o marquês foi mecenas de Barros Laborão, autor deste presépio. Esta identificação é inverosímil, mas o nome perdurou no tempo», diz o MNAA.
É também a partir desta sala que os visitantes poderão acompanhar os trabalhos de restauro em curso da Capela das Albertas, uma das joias do período barroco e a única estrutura sobrevivente do antigo convento de Santo Alberto, de monjas carmelitas descalças.