A partir de setembro de 2019, os estudantes do ensino superior vão contar com mais 12 mil camas, em todo o país. Para que isso aconteça vão ser requalificados ou construídos de raiz 200 edifícios de residências.
Cerca de metade dos novos alojamentos estão concentrados nas zonas de Lisboa e do Porto, anunciou ontem o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado o decreto-lei onde constam as regras para o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.
As novas 12 mil camas representam um aumento de “cerca de 80%” em relação ao total de alojamento disponível, que ronda as 15 mil camas.
Mas, de acordo com o governante, o número de camas disponíveis para os estudantes vai continuar a aumentar nos próximos dez anos. No total, até 2029, o número de camas vai atingir as “cerca de 30 mil camas”, adianta Manuel Heitor que diz que “o processo será dinâmico e está aberto para ser consecutivamente melhorado e alargado”.
Entre os edifícios que vão ser requalificados há 17 imóveis que são propriedade do Estado e que estão devolutos, avançou o i, que teve acesso à proposta do decreto-lei. Tratam-se de antigos palácios, pousadas da juventude, escolas secundárias, quartéis e até mesmo o edifício que, durante décadas, acolheu o Ministério da Educação, na avenida 5 de Outubro, em Lisboa.
Fora deste levantamento estão os edifícios que são propriedade das próprias instituições de ensino superior ou das autarquias e que também vão sofrer obras para funcionarem como residências de estudantes.
A fatura das obras fica a cargo da Fundiestamo a quem as instituições de ensino superior têm de devolver as verbas gastas na requalificação, num prazo de 30 a 35 anos.