Esta sexta-feira, a juíza de instrução criminal decidiu ilibar a SAD do Benfica dos 30 crimes de que estava acusada, no âmbito do caso e-toupeira, 28 de falsidade informática, um de recebimento indevido de vantagem e outro por corrupção ativa. A SAD do clube não irá assim a julgamento, ao contrário do ex-assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, que apesar de terem caído alguns dos crimes – falsidade informática e recebimento indevido de vantagem – irá a tribunal, pelo crime de corrupção.
O antigo assessor jurídico dos encarnados, citado pelo jornal A Bola, acredita que também haverá justiça para si, uma vez que garante ser inocente.
"Concluída mais uma fase processual, já se fez justiça para o Benfica. (…) No restante terço que falta, continuo confiante de que também haverá justiça para mim. Como é óbvio, respeito a decisão que em sede de instrução apenas assentou em indícios, mas a justiça tem mais dimensões", disse Paulo Gonçalves.
"Mantenho-me convicto que em julgamento, em sede de prova, todas as dúvidas se dissiparão, pois insisto: educação e cortesia não são corrupção. Por ora apenas tenho a lamentar não ter conseguido esclarecer e demonstrar que também é possível oferecer camisolas e convites tão só por amizade", concluiu.
Também o funcionário judicial José Augusto Silva foi ilibado de violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal, embora tenha de ir a julgamento por outros crimes, ao contrário do colega de profissão Júlio Loureiro que não irá a tribunal, tendo sido ilibado de todos os crimes, de que estava acusado no processo.