Para fazer face ao problema de falta de anestesistas de serviço vivido neste Natal na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), a administração do hospital terá decidido oferecer 500 euros por hora para preencher a vaga tanto na véspera como no dia de Natal. No entanto, o problema não ficou resolvido porque não houve um único candidato.
Segunda e terça-feira só havia um anestesista de serviço naquela que é a terceira maior maternidade do país. Ou seja, as grávidas da zona de Lisboa tiveram de ser reencaminhadas para vários hospitais.
Fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central explicou à Lusa que "a urgência [da MAC] está aberta, só se for algum caso em que o parto não seja urgente será encaminhado para outro hospital. As senhoras podem vir, serão observadas na Maternidade, depois da análise da sua situação, será decidido o que fazer. Se não for urgente, se não for iminente o parto, será encaminhado para outra unidade, no âmbito da rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Por outro lado, Clara Soares, diretora do serviço de urgência da MAC, garantia que o "défice de anestesistas" era inédito, apelando às pacientes que mantivessem a tranquilidade caso tivessem de ser encaminhadas para outro hospital.
Já a ministra da Saúde, aproveitando a visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, reforçou a importância de "captar, reter, voluntariamente" os profissionais para continuarem no Serviço Nacional de Saúde. "É importante que nós percebamos como é que conseguimos captar, reter, voluntariamente, estes profissionais e é um trabalho que vamos continuar a desenvolver", disse Marta Temido.