Segunda criança migrante morre na fronteira dos EUA com o México

Congressistas pedem investigação às circunstâncias que levaram à morte do menor.

Um rapaz de oito anos, originário da Guatemala, morreu sob custódia das autoridades alfandegárias norte-americanas neste dia de Natal. Segundo um congressista texano, Joaquin Castro, o nome do rapaz é Felipe Alonzo-Gomez. É a segunda morte de uma criança imigrante sob custódia dos Estados Unidos este mês, na fronteira com o México. A primeira criança foi Jakelin Caal, de sete anos, também da Guatemala, que morreu poucas horas após ser detida.

Num comunicado de imprensa, o CBP (alfândega e proteção de fronteiras dos EUA) diz que o rapaz terá morrido no hospital, em Alamogordo, no Novo México. Terá mostrado "sinais potenciais de doença" na segunda-feira e foi levado para o hospital juntamente com o seu pai. Foi diagnosticado com "uma gripe comum, mas após ter recebido alta, os profissionais de saúde aperceberam-se que tinha febre". O rapaz esteve no hospital mais uma hora e meia antes de ter alta, tendo os médicos receitado ibuprofen e um antibiótico. Nessa tarde, depois de sofrer náusea e vómitos, o rapaz voltou ao hospital e morreu esta terça. 

Segundo o CBP, a causa da morte do rapaz está por determinar. O congressista Joaquin Castro pediu uma investigação às circunstâncias que levaram à morte do rapaz. "Temos de garantir que tratamos migrantes e requerentes de asilo com dignidade humana e que providenciamos os cuidados médicos necessários a qualquer pessoa sob custódia do governo dos Estados Unidos", afirmou o congressista, citado pela imprensa norte-americana. "A política desta admnistração de impedir passagem nos pontos legais de entrada, coloca famílias e crianças em grande perigo" acrescentou.

Mais de vinte e cinco mil agregados familiares terão sido detidos em novembro na fronteira dos EUA com o México, segundo dados do CBP. O ano passado, no mesmo período, foram detidos sete mil.