A dívida pública portuguesa bateu um novo recorde no mês de novembro do ano passado. Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP), a dívida situou-se nos 251,5 mil milhões de euros, mais 400 milhões do que o registado no final do mês de outubro.
A sustentar este aumento estiveram os empréstimos e as emissões de títulos de dívida para financiar o último pagamento de 4,7 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) feito antecipadamente em dezembro.
O pagamento antecipado ao FMI foi anunciado no início do mês de dezembro pelo Ministro das Finanças e teve como objetivo poupar 1,2 mil milhões de euros em juros que seriam pagos ao FMI. Mário Centeno disse ainda que o total a pagar ultrapassa os 28 mil milhões de euros e que a poupança com o pagamento desta parte da dívida será perto de 100 milhões de euros, que se irá juntar aos 1,16 mil milhões de euros poupados desde 2016. Espera-se assim que o valor da dívida para dezembro apresente uma redução face ao mês de novembro.
Na “Nota de Informação Estatística” divulgada no site oficial, o banco explica ainda que “os ativos em depósitos das administrações públicas reduziram 0,2 mil milhões de euros, pelo que a dívida pública líquida de depósitos registou um acréscimo de 0,6 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 225,0 mil milhões de euros”.
No mesmo dia em que anunciou o pagamento antecipado, Mário Centeno falou do futuro e revelou quais os objetivos para os próximos anos. Antes de 2018 acabar, este esperava que o rácio da dívida no PIB reduzisse para 212,2% nesse mesmo ano. Já para 2019, este falou numa redução para 118,5% este ano.