A substituição do jovem Bruno Costa aos 39 minutos no jogo do FC Porto ante o Belenenses, SAD, para a Taça da Liga, gerou bastante polémica: caso tivesse sucedido por opção técnica, os dragões incorriam em incumprimento dos regulamentos e poderiam ser punidos com perda de pontos – desse modo, seria o Chaves a apurar-se para as meias-finais. Esta quarta-feira, Sérgio Conceição garantiu que o m´+edio de 21 anos foi de facto substituído por motivos físicos… mas não só.
"É imprudente não sabermos os regulamentos. Sabíamos o que estávamos a fazer. Tivemos uma conversa para perceber qual o estado físico do jogador para o jogo. Mas depois, com o jogo, a intensidade é diferente dos treinos. Se foi só por perceber que estava menos bem fisicamente? Não foi só por isso, mas também por isso. Gosto muito do Bruno, é um jovem com qualidade, eu quis que ele ficasse no plantel principal. Mas se calhar, se fosse um jogo normal de campeonato, o Bruno se calhar não jogava. Jogou porque, obrigatoriamente, tínhamos de ter dois portugueses. Jogando da forma que eu joguei e aquilo que queria para o jogo, optei pelo Bruno, mais o Danilo", realçou o técnico portista.
Esta quinta-feira, o FC Porto desloca-se à Vila das Aves, terreno onde concedeu um empate (1-1) na última temporada. E o treinador dos dragões não prevê mais facilidades desta vez – antes pelo contrário. "Este ano é capaz de ser mais difícil. É extremamente difícil jogar contra uma equipa que defende da forma como o Aves defende. E tendo jogadores que, quando ganham a bola, são extremamente rápidos nas transições ofensivas. Acho que este ano está mais forte do que o ano passado. O ano passado fizemos um mau jogo na Vila das Aves. Também podíamos ter ganho com um penálti claríssimo sobre o Danilo na parte final, tenho de dizer", salientou Conceição, debruçando-se de forma mais detalhada sobre as qualidades da equipa orientada por José Mota: "É uma equipa muito competitiva, com impacto físico importante. A posição do Aves na tabela não é coincidente com o valor que tem. Esperamos as dificuldades normais de uma equipa que tem de e quer pontuar contra o campeão nacional, o que é sempre motivador para os adversários e temos de dar uma resposta. Ir à procura dos três pontos, contra um adversário capaz, mas temos de fazer o nosso trabalho."
Realçando a necessidade de vencer todos os jogos – "É a pressão de estar numa equipa como o FC Porto. Prefiro ter a pressão de estar em primeiro lugar e estar a lutar para dar continuidade a esse posto, do que estar em segundo lugar e ter de ir atrás do prejuízo", atirou -, Sérgio Conceição abordou também as situações de Herrera e Brahimi, que terminam contrato no final da temporada e estão desde hoje autorizados a encetar conversações com qualquer outro clube. "Eles têm contrato. Se estão agora em liberdade? Liberdade condicional, é isso? (risos) O ano passado tivemos situações exatamente iguais [Marcano e Reyes]. Tenho um grupo de trabalho extremamente profissional. Os jogadores estão envolvidos com os objetivos para este ano. Não tenho problemas em dizer: se o Herrera e o Brahimi continuarem desta forma, comprometidos, a treinar bem, que para mim é o importante, continuam a jogar. Se o rendimento baixar, não jogam. Faz parte da gestão que eu faço. O resto não me interessa", realçou o técnico, encerrando o capítulo referente a Bazoer, médio holandês que tem vindo a trabalhar com a equipa B por motivos disciplinares: "Desse jogador, como é conhecido, há um inquérito interno. Neste momento ele está na equipa B. Não falo mais desse jogador, não vale a pena continuar a falar de um jogador que não está na equipa principal."