O acordo de financiamento do novo aeroporto do Montijo e alterações na atual infraestrutura Humberto Delgado, em Lisboa, já foi assinado esta tarde entre a ANA – Aeroportos de Portugal e o Estado.
A obra contará com espaço para 26 aviões e cinco parques de estacionamento, e prevê um investimento de mais de mil milhões de euros.
A assinatura do acordo é assim o primeiro passo para avançar com o tão desejado aeroporto do Montijo.
Este acordo vai rever o atual contrato de concessão da empresa que gere a infraestrutura aeroportuária e que define as metas do investimento a realizar nos próximos anos, mas também o método de cálculo das taxas aeroportuárias, já que será a concessionária, a Vinci, que controla a ANA, a suportar todos os custos de investimento no novo projeto.
Esta é a solução apontada para aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa e que deverá estar em funcionamento em 2022. E os números falam por si: esta nova infraestrutura pretende ultrapassar a marca dos 50 milhões de passageiros e chegar aos 72 movimentos de aeronaves por hora.
A escolha do Montijo foi confirmada no início de 2017 e foram apontadas sete vantagens desta localização. Entre elas está o facto de permitir uma utilização simultânea com a pista principal do Humberto Delgado. Outra vantagem é a execução mais célere que a construção de uma nova infraestrutura. No entanto, o facto de a ANA ficar com mais um aeroporto, e terem de ser realizadas obras no sentido de adaptar a base do Montijo, exige uma revisão do contrato de concessão.
Sublinhe-se que a necessidade e a urgência em encontrar uma solução para a Portela tem-se tornado cada vez mais imperativa, tanto que o aeroporto de Lisboa perde 1,8 milhões de passageiros por ano por estar lotado.